O filme apresentado chama-se
“Capitão Fantástico”, foi produzido em 2016 e é de Matt Ross.
O início do filme representa um ritual de passagem que
actualmente é uma coisa rara de se ver na nossa sociedade, logo aqui percebemos
que o filme vai nos apresentar coisas que não estamos acostumados na nossa
sociedade.
Com o avançar da obra vamos percebendo que a família
protagonista do filme tem um modo de viver diferente do nosso, do nosso
quotidiano, modo esse que já deixamos para trás há alguns anos. Esta família
produz e caça o seu alimento, vende o seu artesanato para ganhar algum dinheiro
de modo a poder adquirir aquilo que não consegue produzir, não tem uma casa na
cidade mas sim uma tenda na floresta e as crianças apesar de não irem à escola
sabem desde matemática a politica e filosofia.
Esta família tem este modo de vida pois a sociedade actual
vai contra os seus ideais, a sociedade actual caracteriza-se por ser
materialista e capitalista, querendo sempre mais do que aquilo que precisa
enquanto esta família acredita que só devemos ter o essencial à nossa
sobrevivência. Um exemplo disto é o facto de por exemplo não comemorarem o
natal mas comemorarem o dia de Noam Chomsky.
Outra diferença nesta família é a maneira como veem a
morte, não veem como um acontecimento triste mas sim como algo bom, o ciclo da
vida, celebrando-o como aconteceu quando a mãe das crianças faleceu.
Apesar de toda esta maneira de pensar e de todos os
conhecimentos transmitidos às crianças o pai destas começa a perceber o fosso
que está a criar entre elas e a sociedade e aos poucos acaba por aceitar que
não consegue ir contra o regime, tendo de aceitar a sociedade do séc. XXI.
É um filme interessante não só porque nos lembra que
ainda existem minorias que continuam a viver segundo as suas crenças, sem
valorizar os bens materiais e que mesmo assim são felizes, mas também porque
nos mostra o outro lado, o ponto de vista das pessoas que não estão a favor do
regime nem veem os nossos modelos vida com bons olhos. Muitas vezes queremos
mais e melhor não porque precisamos mas sim porque queremos mostrar aos outros
que temos e de vez enquanto faz nos bem reflectir sobre essa atitude e este
filme consegue fazê-lo.
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