O filme Quarto
do Suicídio apresenta-nos a história de Dominik, um adolescente rodeado
de muitos amigos, popular na escola e super mimado pelos pais, com carreiras
bem sucedidas e monetariamente abastados, cuja vida muda depois de um beijo
inocente a um rapaz no baile de finalistas. Tendo este episódio sido filmado,
toda a escola toma conhecimento e a partir dai começa a sofrer bullying. Este sofrimento
e perseguição levam-no a resguardar-se no computador onde, ao comentar um vídeo
de automutilação, entra num jogo chamado «Quarto do Suicídio» onde conhece Sylvia,
uma rapariga que não sai de casa há 3 anos e que o ajuda a superar momentos
humilhantes tais como a partilha de um vídeos onde uma luta de judo passa a um
momento de cariz sexual e a falta de atenção dos pais nos seus problemas.
Sylvia e Dominik vivem um amor platónico tão
forte que ela partilha o seu desejo de morrer através da ingestão de comprimidos,
implorando-lhe que consiga arranjar os comprimidos
para ela os ingerir. Através de uma conversa com a psiquiatra contratada pelos
pais e com a ajuda de Sylvia, Dominik consegue-os, mas mesmo seguindo a
conversa de Sylvia, recorda-a que ninguém deveria querer morrer. Enquanto
discutiam o local para a entrega dos comprimidos, o pai de Dominik tira-lhe a
internet, deixando-o em pânico. Mesmo assim, ele vai encontrar-se num bar onde,
por breves minutos, considera mandar pela sanita abaixo os comprimidos que
trazia, mas foi tarde demais. Em plena alucinação, Dominik entra em estado de
euforia enquanto está a ser filmado por um casal bêbado e, quando sai da casa
de banho, acredita que está a ver Sylvia.
O filme acaba com os
pais de Dominik a assistirem a um ballet, divorciados e sentados em lugares
diferentes estando as cenas que o casal filmou intercaladas com o ballet. Dominik
morre assim de overdose de comprimidos.
Comentário: Abordar
certos temas como o suicídio jovem e o cyberbullying não é algo fácil, mas,
durante a visualização deste filme apercebi-me que estamos perante uma
sociedade onde não existe amor e todos querem subir à custa da dor dos outros.
Vivemos numa sociedade onde não à amor, mas sim uma busca constante por um
prazer inexistente, dando mais atenção a coisas superficiais como as redes
sociais e nenhuma aos acontecimentos que
se passam à nossa volta. Devemos ver este filme não como algo mau, mas sim como
uma chamada de atenção ao que nos rodeia porque a pessoa que está sempre feliz
pode estar numa grave depressão. Está na altura de abrirmos os olhos a esta
realidade.
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